Ser batizado na Igreja de Jesus Cristo é belo, desafiador, original e sempre novo, ser chamado pelo Senhor para ser seu discípulo através da vida religiosa consagrada é comprometedor e exige fidelidade, amor, encontro e dinamismo.
A pessoa que é encontrada pelo despertar do chamamento à vida religiosa não é melhor que os outros batizados, apenas foi escolhida com amor pelo Senhor, sem nenhum outro desejo que doar-se a Ele por amor, sem porque, nem para que.
Diferente dos muitos valores que a sociedade moderna já inseriu em nossas vidas, para seguir Jesus Cristo é preciso ser como Ele, perdoar quantas vezes forem necessárias, amar e conviver com o inimigo, sem desejar que ele mude; mas amá-lo como é.
O discipulado requer que cada novo dia tenhamos encontro com o Senhor, não encontro de duas ou mais pessoas reunidas num determinado lugar, mas o encontro da conversão. Pede que nossa forma de compreender as coisas e pessoas sejam as mesmas Dele.
Não há melhor lugar para preencher-se da Santíssima Trindade que na Sagrada Escritura e na Celebração Eucarística, para o cristão são o centro da vida e fonte inesgotável de amor de Deus por nós.
Como a água que se adapta para fazer o percurso que a leva ao rio e como o bambu que se curva para que o vento sopre, o discípulo também deve escutar a voz do Espírito Santo para continuar seu caminhar até Cristo, evitar desviar-se por causa das pedras, folhas e tantas outras coisas que dificultam o percurso, saber segurar de forma sadia e consciente as suas vontades quando elas não são o bem de todos, ser servo do amor.
Portanto, o discipulado é algo possível, porque o Senhor nos convidou e nos dá condições necessárias para que se realize, com o corpo e o espírito cheios de Deus é que faremos o que a nós é impossível, é no meu impossível que Ele se faz possível.
Camila M. S. Andrade
Noviça – Amparo/SP