A morte, uma realidade impreterível

 

Cada dia que passa o homem chega mais perto de sua morte. O homem deve assumir essa verdade no seu itinerário. A vivência da existência expressa, em âmbito único, uma norma a todos os homens: que todos irão morrer.
Quem está vivo, morre, porque tudo que existe tem um fim. O que existe tem um fim, visto que seu fim é consequência de sua existência. O que existe segue uma lei, a qual abarca todos os homens, que não é nada de novo: todos morrerão. Não se iguala a nada essa concepção. Ela é inscrição justa e intensa que cada coisa traz em si: nasce, desenvolve e morre.
O morrer de cada vivente não é porque se nasce. E seu desenvolvimento? Seu desenvolvimento já lhe é inscrito na sua existência. Então, se morre porque existe.
A vida não traz novidade em nascer em si mesma, visto que seu desenvolvimento se dá pelo fato de existir e não por nascer. Existe um nível novo de se desenvolver: desenvolver pela existência, que é o principal, e desenvolver pelo nascimento, que não é o principal, mas é essencial, ao passo que o nascer, o desenvolver e o morrer se encontram em uma realidade natural; transcendental, já que se desenvolve somente pelo fato da existência. Ou seja, segue o caminho natural…
A morte exige um movimento. Um movimento que não necessariamente se exige um nascimento, mas que sua existência é imprescindível.
Pela existência, a realidade se desenvolve e se finda. E o nascimento? Nascer é um movimento natural que, sendo natural, exclui qualquer possibilidade de não desenvolvimento. Mas requerem as duas formas de desenvolvimentos, pela existência e pelo seu próprio nascimento. Tanto pela existência quanto pelo nascimento, o homem se aproxima de sua morte. Então, o homem existe para morrer? Para se desenvolver? Ou para nascer? O homem existe para nada disso! Caso o homem existe para nada disso, ele, todavia, existe para viver.
O viver do homem é que impera sobre toda e qualquer malícia existente na mente do homem em dizer que seja para o morrer, o desenvolver (que já começa na existência) e o nascer… Que o homem existe.
Ao existir… O homem se aproxima do seu nascimento, por meio do seu desenvolvimento. O melhor que seu desenvolvimento possa parecer, ou pelo contrário, o pior que seja seu desenvolvimento, o seu nascimento não pode ser abreviado ou retardado. Não importa a nenhum existente querer que o desenvolvimento do homem seja dessa ou daquela forma, porque seu desenvolvimento vem inscrito na sua vida pelo fato de existir.
Nascer é um direito que todo existente tem? Não? O direito que todo existente tem que é inscrito em seu ser é o seu desenvolvimento, o qual quando é natural aninha em si à existência e possibilita o nascimento, o desenvolvimento e a morte do ser.
Todo ser humano tem, com efeito, o direito de se desenvolver. Ele se desenvolve porque existe. Assim, porque existe? Porque foi criado, daqui se chega a existência das coisas. Essas se desenvolvem porque existem. Porém, aqui se busca a compreensão do nascimento através do desenvolvimento.
Cada dia que se passa o homem chega mais perto do seu fim. Assim, nascer, desenvolver e morrer não cabe a ninguém decidir, pois o aborto é matar e não morte. Segue sempre este princípio: “nem tudo que é legal é moral”. No entanto, muitas folhas caiem.

 

Fonte: Padre Joacir S. d’Abadia, Pároco da Paróquia São José Operário-Formosa-GO, Filósofo autor de mais de 10 livros, Bacharel em Filosofia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Licenciando em Filosofia e membro da “Academia de Letras do Nordeste Goiano” _ ALANEG e da “Academia de Letras do Brasil” e da “Casa do Poeta Brasileiro”, E-mail: joacirsoares@hotmail.com/WhatsApp 61 9 9931-5433

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