
Não se trata apenas de pandemia: trata-se dos nossos medos «Coragem, sou eu, não tenhais medo!» (Mt 14,27)
COMENT.: A injustiça e a indiferença de nosso tempo aumentaram nossos medos em relação ao diferente de nós e o fizeram se tornar estrangeiro e, às vezes, inimigo. Esta realidade, infelizmente, faz parte do nosso quotidiano. Hoje, porém, esta situação foi virada de cabeça para baixo por médicos, enfermeiros, voluntários que abandonam tudo pelo incerto, desafiam a morte por uma vida possível, mirando apenas a vida; pessoas movidas pelo amor para salvar vidas, pessoas que desafiam um vírus invisível sem medo, para aliviar o grito silencioso daqueles que sofrem. Por que devemos ter medo de encontrar-nos com a cruz do outro? De fato, é mais assustador a indiferença, o espírito de cálculo, o espírito mundano, que nos deixam preocupados com o amanhã e que nos roubam a beleza de viver e de desfrutar do “HOJE” da salvação.
Madre Catarina conformada a Cristo, amadureceu em si mesma a convicção de ser chamada para “salvar almas” através do seu sacrifício. Não é simplesmente um sacrifício interno, rezemos…, mas também um sacrifício externo, façamos… Um sacrifício encarnado, como a humilhação de ter que estender a mão para se tornar mão que suaviza a cruz do outro.
LEIT. DA POSITIO 1962 – TESTEMUNHO DE IR. CLOTILDE VIOLA
Sei que Irmã Catarina teve um grande zelo pela salvação das almas e tentou resgatar as morette, recolher crianças abandonadas: para isso ela colocava uma cesta fora da janela, presa a uma corda, na qual as mães colocavam a criança abandonada. Quando ela ouvia o sino tocar, a cesta era levantada com alguma criaturinha que a Madre cuidava e fazia batizar.
Todas: Onde o Amor e a Caridade, Deus aí está. (cantado)