Dia 5 – Nono dia da novena

Não se trata apenas de pandemia: trata-se de vida nova «Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?» (1Cor 15,55)

COMENT.: Escreve Santo Agostinho: “O diabo foi ganancioso de morte, foi ávido de morte. A cruz de Cristo foi uma armadilha para ele; a morte de Cristo, ou melhor, o corpo mortal de Cristo, foi como a isca na armadilha. O diabo veio, pegou a isca e ficou preso. Eis que Cristo Ressuscitou: a morte não existe mais? A morte foi absorvida na vitória”.

Participantes da morte de Cristo, também seremos participantes da sua ressurreição; se morrermos com ele, com ele também viveremos.

LEIT.  TRECHOS DOS ESCRITOS DE MADRE CATARINA.

Narrando os acontecimentos nem sempre alegres e felizes do Instituto, Madre Catarina jamais se abatia diante das dificuldades e não recuou. Ela, mesmo quando devia tomar decisões amargas porque diminuíam as forças humanas e econômicas, exclamava:  “Deus que sempre vigia esse pobre mosteiro, soube ajudá-lo e defendê-lo em todas as circunstâncias críticas, para ele nada é impossível; portanto, confiemos neste Pai celeste amorosíssimo que Ele sempre cuidará de nós e de todas as nossas coisas”. Infundia o Espírito de oração em suas filhas, a confiança em Maria Santíssima e em São José, que sempre ajudaram o instituto em todas as situações.

Nas circunstâncias mais críticas e naquelas que não tinham nenhuma ajuda humana, ela dizia:   “Deus geralmente mistura o amargo com o doce… É impossível, digo, conduzir até o fim uma obra para a Glória de Deus sem encontrar algo que aborrece e alguma cruz, mas pensando que as obras nas quais o bem está unido ao bem das almas, o diabo trabalha e faz de tudo para evitá-la, mas com a ajuda de Deus tudo felizmente se completa”.

LEIT. – DEPOIMENTO DE UM SACERDOTE POSITIVO AO COVID-19 

O COVID 19 é uma experiência mortal, porque afeta você de formas relacionadas às experiências mais simples da vida: o calor do corpo, febre, tosse e depois a dificuldade respiratória, enjoos, falta de apetite, diarreia… O vírus afeta o ato de respirar e comer, minando você nas profundezas do seu corpo. Todas essas experiências de sofrimento e morte, para nós crentes, e para cada um à sua maneira, são uma maneira de viver a paixão de Jesus, estando em comunhão com ele. O Getsêmani, a dor que dilacera o corpo, a solidão da cruz, a impossibilidade de compartilhar e se comunicar com os outros, a incompreensão, o “sentimento de estar fora”, como descartado e marginalizado por uma comunidade que agradece, canta e louva, porque naquele momento você não pode fazê-lo. Certamente, a cruz de Jesus também é outra, porque é a morte do Filho de Deus oferecida pelo amor daqueles que o rejeitam, mas é precisamente na humanidade do Filho que cada um de nós encontra sua própria morte. Finalmente, há o dia da Páscoa. É a descoberta de que aquele sepulcro vazio não fala de uma ausência, mas revela uma forma de presença, nova, surpreendente e incompreensível. É o grito que rompe o silêncio, é a fresta de luz que corta a noite, é o despertar que ultrapassa o sono, é o renascimento que vai além da morte. A ressurreição é o canto de alegria após o luto fúnebre, é a vida que explode, é o corpo que renasce, transformado, mesmo conservando os sinais antigos, também da paixão e da morte.

Todas: Onde o Amor e a Caridade, Deus aí está. (cantado)

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