Assim como aqueles que seguem as normas e são corretos representam verdadeiramente uma empresa ou agremiação
Quem quiser conhecer a Igreja de verdade, olhe para os seus bons membros, convidou o bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, dom Fernando Arêas Rifan, mediante um texto compartilhado em sua rede social.
Ele considera:
“Quando se quer conhecer uma empresa ou uma agremiação, o melhor espelho dela são os seus bons membros, que compensam as fraquezas dos maus. Os bons, os que seguem as normas e são corretos, são os que verdadeiramente representam a empresa ou agremiação. Quem quiser conhecer os brasileiros, não deve ir ao presídio. Ali não estão os melhores cidadãos. Mas deve pesquisar as pessoas honradas e cumpridoras dos seus deveres.
O mesmo acontece com a Igreja. Quem quiser conhecê-la, e ela tem vinte séculos, deve olhar não os hereges ou os maus cristãos, mas os santos. Esses realmente a representam e são exemplos para todos. Esses são os verdadeiros cristãos, os que seguiram os seus ensinamentos”.
Quem quiser conhecer a Igreja de verdade, olhe para os seus bons membros
Dom Fernando prossegue:
“‘A santidade é o rosto mais belo da Igreja’ (Papa Francisco – Gaudete et Exsultate, 9). E a Igreja tem santos de todas as condições e classes sociais, a nos ensinar que qualquer um, de qualquer posição ou profissão, pode vir a ser santo. São os modelos de cristãos.
No último dia 3 [de julho], foi-nos proposta a veneração de São Tomé, apóstolo, muito conhecido pela recusa em acreditar na ressurreição de Jesus a menos que o visse com seus próprios olhos e tocasse nas cicatrizes de suas chagas.
São Gregório Magno comenta que ‘mais serviu para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos fiéis’, pois, tendo Jesus lhe aparecido, o fez tocar nas suas chagas, recebendo dele a firme profissão de fé: ‘Meu Senhor e meu Deus!’. São João afirma o que São Tomé corrobora: ‘O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam… nós vos anunciamos’ (1Jo 1, 1). Ele pregou o Evangelho na Pérsia, onde foi martirizado pela sua Fé, apagando com o seu sangue o seu pecado de incredulidade”.
O bispo acrescenta em seguida mais exemplos sobre quem representa a Igreja de verdade:
“No domingo, 4, transferido do dia 29 de junho, tivemos a solenidade de São Pedro e São Paulo. Pedro, escolhido de propósito por Jesus para chefe e fundamento da sua Igreja, engloba a fraqueza humana e a força divina que o sustentava e sustenta em seus sucessores, vigários de Cristo na terra. Paulo, fariseu fanático, convertido no encontro com Jesus ressuscitado, tornou-se o grande propagador do cristianismo no mundo pagão greco-romano.
No dia 6, festejamos Santa Maria Goretti, denominada a Santa Inês do século XX, assassinada em 6 de julho de 1902, com 12 anos de idade, porque preferiu morrer a ofender a Deus pecando contra a castidade, como a queria forçar seu assassino. Era uma menina de família católica, de boa formação. Exemplo de resistência às seduções e assédios. Dela disse o Papa Pio XII: ‘Santa Maria Goretti pertence para sempre ao exército das virgens e não quis perder, por nenhum preço, a dignidade e a inviolabilidade do seu corpo. E isso não porque lhe atribuísse um valor supremo, e sim porque, como templo da alma, é também templo do Espírito Santo. Ela é um fruto maduro do lar cristão, onde se reza, onde se educam os filhos no temor de Deus e na obediência aos pais. Que o nosso debilitado mundo aprenda a honrar e a imitar a invencível fortaleza desta jovem virgem’”.
FONTE: ALETEIA